terça-feira, 20 de julho de 2010

O TREM-BALA E OS SEM-BALA

Aproxima-se a copa do mundo de 2014 cuja sede será o Brasil. Na experiência africana foi demonstrado o quão estúpido pode ser um evento deste para os cidadãos onde o mesmo ocorre. Estádios de bilhões de dólares, ruas novas, asfaltamento novo, ampliação da rede hoteleira, reforma dos aeroportos. Contudo não há transporte público, não há dinheiro para construção de paredes nos banheiro publicos da maior favela da cidade do cabo (vide guerra das privadas em reportagem exibida pela espnbrasil http://espnbrasil.terra.com.br/copadomundofifa/noticia/126843_VIDEO+CIDADE+DO+CABO+SUBMETE+POPULACAO+POBRE+A+HUMILHACAO+COM+RECLUSAO+E+PRIVADAS+AO+AR+LIVRE) mas há um campo de concentração feito para a copa para abrigar mendigos, indigentes, imigrantes pobres, aidéticos e afins cercado de grades de matais onde conteiners de aluminio são chamados de casa. A operação de retirada destas pessoas mostra como se tratar um cidadão. Polícia fortemente armada com cachorros treinados na madrugada para "sugerir" uma moradia alternativa longe dos olhos estrangeiros. Ou seja, prioriza-se o conforto e o bem-estar do visitante abastado, assumindo a nação como uma favela turística com área para VIPs. O brasil deverá aperfeiçoar este modelo. Favelas turísticas, prostíbulo internacional e corrupção já definem bem a nação e a copa do mundo virá para reforçar esta idéia. O trem-bala rio e são paulo é um bom exemplo desta realidade. Há muito os brasileiro sonham com uma ferrovia para integrar a república, neste país que é continental, onde rússia, china e indía, cujas dimensões assemelham-se as deste, há décadas despertaram para esta necessidade porém o brasileiro é um inovador da estupidez. Neste aspecto não desiste nunca enquanto nos outros desiste antes da primeira tentativa. Trinta e sei bilhões de reais para os cariocas e paulista e afins economozarem 20 minutos em relação ao avião para pagar o mesmo ou mais caro. Não há como não exergar este genial custo-benefício. E o melhor, todos pagaremos para esta parcela de sudestinos bricarem de pseudoeuropeus ou para os estrangeiros sentirem-se menos desconfortáveis com a falta de estrutura insolente do país. Por que um soteropolitano terá que pagar um trem para ligar rio a sao paulo quando sequer há metro para seus dois milhões de habitantes, numa cidade cujo o tranporte público é um dos maiores problemas da cidade e um exemplo interplanetário de incapacidade? A resposta é simples: cara de otário, jeito de bunda-mole. Quem acredita ser parente de um molusco com barba ou de um tucano sem bico não pode ser tratado de forma séria e respeitosa. Se a Bahia tivesse cidadãos dignos da terra que pisam, comemorariam a independência do Brasil no dia 2 de Julho ou declararia independencia do Brasil. Melhor ser miserável por esforço próprio do que por imposição externa.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O caso do psicopata cotidiano...

O noticiário ultimamente tem uma temática única. O caso sinistro da possível tortura e execução da amante do goleiro Bruno do flamengo. Eis que surge esta história como se fosse algo inédito, incrível, inimaginável, que entretanto nada mais é do que mais um caso rotineiro de extrema violência contra uma mulher. Todos os dias mulheres são estupradas, assassinadas, deformadas, traumatizadas pelos seus sebosos maridos mas que no entanto foram escolhidas pelas mesmas. Não que a culpa recaia sobre estas apenas, mas a natureza deixa pouca margem de misericórdia para a estupidez. Enquanto por um lado as mães acham bonito suas filhas tornarem-se garotas de programas legais e exclusivas de jogadores de futebol (achando bonito inclusive o apelido de maria-chuteira) e artistas (do mesmo modo que os coronéis e os filhos destes apresentavam-se como bons partidos), ressaltando como os únicos atributos notáveis nestas, a beleza estética e a voluptuosidade de seus corpos, por outro lado ficam estarrecidas quando as mesmas aproximam-se de alma sebosas violentas mas abastadas e famosas. De fato o sebo no espírito é diretamente proporcional ao capital e a fama adiquirida, vide Jesus Cristo e a parábola (oriunda de uma tradução torta, dizem os especialiteiros) da fechadura. Posto isso, qual o espanto com um caso tão cotidiano na vida dos brasileiros. O fato da alma sebosa ser um jogador de futebol famoso. Eis que aqui cai mais um mito nefasto na sociedade brasileira. O esporte tira o indivíduo da bandidagem. Nada nesta sociedade tira a sebo estabelecido na alma pela mesma (talvez procurando ferramentas em outras tem-se melhor resultado), e aquele cuja integridade e respeito passaram longe de sua criação e desenvolvimento não adquirá o mesmo após receber somas abruptas de dinheiro, o inverso é mais provável. É apenas mais bonito socialmente ser alcoolatra ou cheirador de pó ou apenas um integrante da classe corja do que um psicopata homicida, porém estatisticamente até que demorou para se descobrir um, e estes são os finais mais comuns na equação pouquissima educação, criação intensamente relapsa e muito dinheiro. Aqueles que procuram ídolos em campos de futebol nem precisam esperar a terra se abrir em chamas pra se jogar no abismo, estamos nele. Nunca ouvi falar de um jogador ou artista, desde de que estes ganham uma quantidade excessiva de dinheiro, que fosse um grande filantropo ou pensador, ou alguém que trouxesse algo de útil de fato ao espírito humano ou ao sistema em que vivemos (e não através de alguma igreja ou instituição pilantrópica, já que cansa demais ser por si próprio cristão ou fazer caridade, e cujas ações são extremamente duvidosas). O esporte profissional hoje representa aqueles que fracassaram no exercício da lealdade e da ética, pois o alto rendimento exige resultados, que na maioria das vezes surge a qualquer custo. Assim escolhe-se os exemplos entre aqueles que foram a exceção, que ascenderam sem educação, enriqueceram sem sabedoria, cujo o respeito é um detalhe dos otários e a esperteza, a atitude dos gente-boa. A sociedade não devia apedrejar este possível resto de humanidade, já que o mesmo é produto desta, seu filho, e portanto um retrato de si mesmo. Ao contemplar este fato a vergonha deveria direcionar-se para si, como podemos idolatrar e exaltar os espancadores de mulheres alcoólatras e/ou cheiradores de pó, ou os engravatados alcoólatras e/ou cheiradores de pó, ou os jornalisteiros alcoólatras e/ou cheiradores de pó, entre outros. Resta pouco senhoras e senhores para o mar de lamentações ao som do ranger de dentes. Isto porque para sensibilizar-se precisa-se ver o irmão sendo estuprado, assassinado, humilhado, explorado na televisão, já que ocorrendo com o vizinho, qual acontece rotineiramente, não desperta interesse. Cada sociedade tem os ídolos que merece. Esta nação já teve como ídolo alcoolatras, prostitutas, ladrões, torturadores por que não um homicida qualificado?